Em agosto, o dólar atingiu R$ 5,71, acumulando uma alta de 18,49% no ano e alcançando seu maior valor desde dezembro de 2021. Esse movimento refletiu o pior desempenho do real em 2024, influenciado principalmente pelo adiamento de cortes de juros nos Estados Unidos, iniciado em janeiro, e pelo aumento do risco fiscal no Brasil. Mudanças na meta fiscal e preocupações com as contas públicas elevaram a desconfiança dos investidores, impactando ainda mais a moeda brasileira.
No cenário global, tensões no Oriente Médio, aumentos nas taxas de juros no Japão e nos EUA, e reajustes de preços de combustíveis e energia pressionaram o câmbio e a inflação no Brasil. Atualmente, o real é a quinta moeda mais desvalorizada no mundo, atrás de Nigéria, Egito, Sudão do Sul e Gana. Em setembro, o banco central dos EUA reduziu os juros, aliviando ligeiramente o câmbio, mas a estabilidade econômica interna e o rigor fiscal continuam sendo essenciais para atrair investimentos e controlar a inflação no Brasil.
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